Imigração em Portugal


Os fluxos migratórios para Portugal foram imperceptíveis até 1974. Com o processo de descolonização, a situação migratória sofreu profunda alteração. Como consequência do colapso do seu Império na África, Portugal vivenciou nos dez anos seguintes (de 1975 a meados da década de 1980) um influxo de quase um milhão de nativos e portugueses retornados das ex-colônias, sobretudo Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola.

Até meados da década de 1970, o número de estrangeiros residentes em Portugal era aproximadamente de trinta mil e a maioria ou era de nacionalidade espanhola ou era descendente de emigrantes portugueses. Em 1985, o número de estrangeiros legalmente residentes no país era de 79.594, dos quais 44% tinha a nacionalidade de um país africano de língua oficial portuguesa. 

Até o final dos anos 1990, os imigrantes em Portugal eram originários principalmente dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.  A partir de 1999, iniciou-se uma imigração em massa proveniente do Leste Europeu, em parte como resultado do colapso da União Soviética, criando-se um novo fluxo de imigrantes oriundos da Ucrânia, Moldávia e Rússia. Paralelamente a esse cenário, registrou-se a retomada da imigração brasileira.

Estrangeiros legalmente residentes em Portugal

1975   31.983
1980   58.091
1985   79.594
1990 107.767
1995 168.316
2000 207.587
2005 414.659
2006 420.189
2010 445.262
2015 388.731
2016 397.732
2017 421.711
2018 480.300
2019 590.348

Fonte: SEF

Principais nacionalidades dos imigrantes em Portugal em 2019

Brasil       151.304
Cabo Verde 37.436
Reino Unido 34.367
Romênia         31.065
Ucrânia         29.718
China 27.839
Italia 25.408
França 23.125
Angola 22.691
Guiné-Bissau 18.886
Índia 17.619
Nepal 16.849
Espanha         15.848
Alemanha 14.669
São Tomé e Príncipe       10.241

Dados preliminares divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) apontam crescimento de estrangeiros imigrantes em Portugal em 2020. Os números apresentados indicam que há 707.848 imigrantes residentes regularizados no pais, o equivalente a 7% da população de cerca de 10,3 milhões de habitantes. O número real de estrangeiros é certamente ainda maior, pois os dados oficiais não contabilizam os imigrantes irregulares nem os estrangeiros  que obtiveram a nacionalidade portuguesa.




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